Descrição
Em Novembro de 2007 celebram-se os 200 anos da transferência da Capital portuguesa e da Corte para o Brasil. Operação histórica que à época salvou a Independência de Portugal, o seu Império colonial e a sua Marinha, numa acção de grande imaginação, audácia e demonstração de capacidade nacional. A evacuação de quinze mil cortesãos, magistrados, funcionários, artífi ces, arquivos, bibliotecas, etc. tomou de surpresa o todo-poderoso Napoleão e espantou a Europa de então. A localização da Capital no Brasil, com a presença do Rei, Corte e todo um aparelho burocrático e cultural, além de criar um pólo de evolução política, legislativa e social acelerada, permitiu consolidar as fronteiras e a coesão do que viria a ser a Nação brasileira. Com a Esquadra de D. João, seguiu também o Antigo Regime português, pois no regresso de D. João VI a Portugal iniciou-se um novo ciclo da nossa história com a nova Sociedade Liberal e Constitucional. D. João conseguiu o reticente apoio militar e fi nanceiro da Grã-Bretanha que permitiu a vitória na Guerra Peninsular. Mas o custo desta ajuda e as consequências políticas da transferência da Capital e Corte para o Brasil, foi também a perda do império americano português e a falência económica e fi nanceira da metrópole. Portugal passou a distanciar-se económica e socialmente dos restantes países europeus. Com o enfraquecimento do sistema colonial português e simultaneamente do francês, espanhol, holandês e dinamarquês, aparece o novo sistema mundial de hegemonia económica britânico,baseado não no controlo político mas, com a ajuda da sua poderosa marinha, industria nascente e centro fi nanceiro de Londres, no controlo do comércio marítimo mundial.
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