Description
A vida política nos finais do Antigo Regime foi dominada pela discussão sobre a reforma do Exército, que punha em questão a própria estrutura da Sociedade Portuguesa. A proposta de Reforma do Exército de 1803 é desconhecida pela historiografia portuguesa. Nomeada em Dezembro de 1801, a Comissão Militar que a propôs terminou o projecto na Primavera de 1802, devendo a Reforma ser promulgada em 1803. Assim não aconteceu devido ao primeiro pronunciamento militar português, conhecido pelo nome de «Motins de Campo de Ourique», despuletado em Julho de 1803. A proposta punha em causa o tradicional comando pela nobreza das estruturas militares locais – as Ordenanças e as Milícias – cujos elementos permanentes constituíam, ao tempo, importantes instrumentos administrativos, policiais e judiciais do país, assim como dos comandos superiores do Exército: o Conselho de Guerra e a Junta dos Três Estados. Tinha a oposição activa das grandes Casas aristocráticas que constituíam a aristocracia de Corte, contestada pela nova classe de funcionários régios nascida com D. João V e o Pombalismo, em que se destacavam D. Rodrigo de Sousa Coutinho, D. João de Almeida de Melo e Castro, D. Miguel Pereira Forjaz e Pina Manique, entre outros.
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