Descrição
A 17 de Junho de 1665, durante oito horas de combate intenso, quase todo desenvolvido no corpo-a-corpo, o Exército Português (15.000 infantes, 5.500 cavaleiros e 20 peças de artilharia) enfrentou o Exército Espanhol da Extremadura(15.000 infantes, 7.600 cavaleiros, 14 peças de artilharia e 2 morteiros). A vitória alcançada pela força militar de Portugal foi um apoio decisivo para a acção diplomática alcançar um Tratado de Paz, reconhecendo a aclamação de D. João IV como legítimo Rei de Portugal por Espanha. Num século de Revolução nos Assuntos Militares, a batalha de Montes Claros representa uma síntese de conhecimentos militares da época sobre a batalha terrestre, onde sobressai o valor do comando de alguns portugueses ilustres, apoiado pela experiência técnica e táctica do conde de Schomberg. A presente obra procura juntar ao relato da batalha, um enquadramento estratégico na Europa das nações nascentes, assim como algumas pesquisas mais recentes sobre o “militar da Restauração”. Apresenta-se assim a Grande Estratégia desenvolvida por Portugal durante os vinte e oito anos das Guerras da Restauração, em que se reafirmou o direito dos portugueses a terem Rei próprio. Montes Claros, a batalha decisiva desse período, representa o culminar da componente militar dessa Grande Estratégia.
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